sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Senado brasileiro pode aprovar lei ANTI-GAMES no Brasil!


Não é de longe o mimimi de alguns grupos de pessoas que acham que games são ofensivos, ou que ameacem a sociedade e os “bons costumes”. Mas agora, a p#*%$ ficou séria: o Senador Valdir Raupp, que fez uma lei anti-games em 2006, pode conseguir condenar TODOS os jogos no Brasil, além de destruir todo o progresso do mercado brasileiro de games que tivemos nos últimos anos!

A proposta de seu projeto de lei é a seguinte:

Altera o art. 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para incluir, entre os crimes nele previstos, o ato de fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos.

Mais uma vez, entramos naquele campo de “ofensa aos costumes, tradições, cultos, credos” e afins. Quem vai decidir esse tipo de coisa, não vai ser o povo, mas sim os congressistas que irão definir o que nós devemos ou não consumir, mesmo com cada jogo tendo uma classificação indicativa para ser lançado por aqui. Algo muito parecido com a ACTA, PIPA e SOPA.

 “Mas se a lei é de 2006, por que o perigo é imediato?” Porque Moacyr Alves, nosso amigo do Jogo Justo e da ACIGames, recebeu a ligação de um amigo senador de Brasília, informando que existem grandes chances de essa lei passar! E é bom reiterar: se a lei for aprovada e entrar em vigor, pode dar adeus aos seus tão queridos jogos.

A ACIGames fez uma carta aberta ao senador. Se você é contra este projeto de lei, leia, compartilhe, comente e faça valer os seus direitos!

A ACIGAMES, Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games, vem manifestar-se publicamente a respeito da tramitação e votação do projeto de Lei 170/06, de autoria do senador Valdir Raupp.

A proposta do ilustre senador, que vem tramitando no Senado Federal há vários anos, pretende tipificar como crime os atos de “fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições, cultos, credos, religiões e símbolos”, com base no artigo 20 da lei 7.716/89, que classifica como crimes passíveis de punição atitudes relacionadas a preconceito de raça ou cor.

Ainda que a proposta tenha a intenção louvável de proteger grupos étnicos, religiosos e outros, da qual trata a referida Lei, a ACIGAMES entende que o projeto acabe por se realizar de forma falsamente moralizadora sem atingir os educativos pretensamente desejados.

A ausência de conceitos fundamentados que possam embasar a ideia, a falta de definições claras para terminologias intangíveis como “ofensivo”, “tradições” ou “cultos” e a não realização de um amplo debate com a sociedade civil, demonstram a incongruência da premissa e a falta de intimidade do referido projeto com as novas formas de interação e entretenimento digital.

A ACIGAMES não é complacente com delitos e, especialmente, com preconceitos de qualquer espécie.

No entanto, cumpre afirmar que não é possível admitir um precedente penal onde praticamente quaisquer de expressões presentes em um jogo eletrônico podem se encaixar em princípios abstratos como “costumes” e “símbolos”, entre outros, violando o elementar princípio da taxatividade, consagrado em nosso Direito Penal.

Ainda, impõe o modelo de projeto verdadeira censura aos jogo eletrônicos, um produto de cunho cultural reconhecido pelo Estado Brasileiro. Como produto cultural, não cabe à lei restringir a forma como este recurso é expresso, mas orientar o adequado consumo da referida produção, para obtenção de uma experiência salutar e prazerosa. Tal orientação, sob a forma de Lei, constitui verdadeira violação à liberdade de expressão Constitucionalmente protegida.

Para estabelecer os parâmetros necessários ao consumo apropriado dos bens culturais, a população já se serve da Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, que cumpre com eficácia este papel educativo.

Paralelamente, os representantes do Senado parecem não considerar o impacto econômico fatalmente decorrente desta iniciativa e o crescimento exponencial incalculável do mercado negro, hoje já expressivo no meio, em virtude da facilidade de distribuição informal e do anseio popular pelo acesso a conteúdos que serão considerados “proibidos” a partir da vigência da lei como se propõe.

A ACIGAMES posiciona-se contrária às intenções do projeto de lei sobretudo por entender que a proposta sobrepõe-se inadequadamente à liberdade de expressão, constitucionalmente estabelecida, ao livre comércio e à já observada Classificação Indicativa, recurso aplicável à comercialização formal dentro dos parâmetros legais ora vigentes, mas certamente incapaz de atuar com eficácia contra o mercado paralelo e as novas formas de distribuição digital.

A Diretoria

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Oi Nerds, estou cançado de gente burra querendo censurar o que não entende porque ACHA que é ferido de alguma forma por isso.

Obvio que essa lei não vai passar, pq games movimenta muita grana pro governo, logo ninguem vai pensar "que legal, vamos nos sabotar pra não ganhar ainda mais dinheiro". Então fiquem tranquilos nossos games ao menos estão garantidos.

Até mais... e obrigado por tentar me censurar mais uma vez [tom irônico]

5 comentários:

  1. O Brasil deixaria de ganhar milhõoes com impostos em cima de cada jogo vendido por aqui,ainda mais nesse tempo da batalha contra a pirataria.
    se ess lei for realmente aprovada vai rolar muita pirataria.




    agora o que me preocupa nao é a lei que provavelmente nao vai ser aprovada, é que tem Politicos que gastam energia e tempo criando leis totalmente idiotas e deixam de lado coisas importantes como a educaçao

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    1. Concordo plenamente Lezard, mas olha só que legal,

      http://almoxarifadonerd.blogspot.com/2012/02/senador-remove-voto-favoravel-projeto.html

      Agora só falta eles começarem a gastar energia fazendo lei que prestem pra alguma coisa decente pelo povo.

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    2. Sim eu ja tinha visto isto, agora vamos esperar que o Senador Valdir Raupp criador da lei, pare esse projeto






      abraço

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  2. Só se eu acreditasse em Papai Noel, essa gente tá pouco se lixando para assuntos pertinentes... Educação é perigosa para eles lembram? Aff isso sempre me deixa fula

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  3. Eu sei disso, mas sonhar é preciso, mas o mais importante é guardar nomes pra não votar nesses putos de novo (novamente sonhar é preciso, pois o povo no 2 turno não lembra em quem votou no primeiro, mas eu faço a minha parte)

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