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terça-feira, 18 de junho de 2013

DRM – Um passe para o inferno


Em meio a tantos protestos, roubalheira, manifestações legitimas e depredações que assolam o pais eu resolvi falar de outra coisa que andou me incomodando nas últimas semanas. Arquivos com DRM.


No Dia das Mães, comprei para a minha um Kobo, e-reader para e-books. Pois a minha mãe é tipo uma traça, e recentemente comprou 4 livros das Crônicas de Gelo e Fogo e mais 4 livros da série Assassin’s Creed (que orgulho), e eu me dei conta que ela viaja para ver a minha irmã que mora em outro estado, e carrega algo entre 3 a 4 livros  (ou 2 do Guerra dos Tronos) então resolvi dar o presente para que ela levasse menos peso da viagem.

Na comparação com outras mães ela até que está acima da média na utilização de eletrônicos, mas também não é nenhum gênio. Feliz em posse do presente ela comprou o e-book “Inferno” do Dan Brown. Mas não conseguiu fazer o livro funcionar no e-reader, então obviamente me pediu para ajudar.

Após ler cuidadosamente as instruções da loja de como fazer o processo de passar o arquivo com DRM para dentro do Kobo, executei a operação mas o livro ainda não abria. Então eu resolvi entrar em contato com a Saraiva imaginando que um atendente treinado me ajudaria (eu me iludo).

Após 3 horas, literalmente, eu cheguei à conclusão que o atendente sabia menos que eu como realizar o processo, então eu desisti. Após desligar o suporte eu passei alguns minutos na internet tentando descobrir como quebrar o DRM do e-pub (formato do arquivo de e-book) foi infinitamente mais rápido e fácil.


Conclusão, as editoras, gravadoras e estúdios estão tão preocupados em proteger seu rico conteúdo que ligaram o foda-se para se o consumidor vai conseguir consumir o seu conteúdo. Chegaram ao ponto que é mais fácil quebrar a segurança do seu produto do que colocá-lo legalmente no aparelho. Agora eles fizeram com que as pessoas se irritem e procurem alternativas. E eu tenho um livro que foi pago que se eu quiser posso passar para qualquer um, posso colocá-lo na internet para quem quiser (não faço por uma questão de princípios), apenas porque eles dificultaram a minha vida na hora de colocar o arquivo dentro do aparelho.

A anos eu bato nessa tecla, pirataria se combate com preço baixo e não enfiando travas que mais estorvam quem procura andar na legalidade. Minha humilde opinião sobre o DRM? Uma tremenda bola fora. Mas preparem-se, estão chegando os processadores que vão gerenciar DRM ou seja, a tendência é piorar.


Até mais e obrigado pelos peixes.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Reversal Russa!

Sempre com a fama de fazer as coisas ao contrário, a Russia por meio de seu "Chefe do Serviço Federal de Informação e Mídia de Massas, comunicou que o país não mais vai levar ou incentivar que usuários de arquivos piratas sejam levados aos tribunais.
Note que a Russia não deixou a pirataria LEGAL, apenas transformou numa contravenção penal (Atividade que não é ilegal, mas que não pode ser defendida num tribunal), ao invés disso vai apenas combater aqueles que hospedam arquivos ilegais, deixando os usuários livres com o que conseguirem.
O País vai criar uma campanha para incentivar que as pessoas procurem sempre por produtos normais ao invés daqueles da internet, uma campanha de educação á população.
De qualquer modo...o Blog recomenda que NUNCA se abaixe o album do Deathklok ilegalmente.


domingo, 21 de outubro de 2012

Eu disse que ele voltaria...


Eu avisei, mas muita gente não levou fé, ele está voltando, com uma carinha nova, nome mais curto mas no fundo ainda é o bom e velho Megaupload de sempre. Saiu no Tecmundo a noticia e eu peguei ela na integra pra quem não viu.

Ctrl+C Ctrl+V

O Megaupload está morto, enterrado e dificilmente vai sobreviver depois do longo julgamento que já atravessa meses de apresentação de provas e investigações. Mas Kim Dotcom, o folclórico responsável pelo site, não está disposto a desistir – e é malandro até na hora de bolar um sucessor para o serviço.
Junto com seus sócios, Dotcom anunciou oficialmente a criação do “Mega”, um site de compartilhamento de arquivos que teria praticamente a mesma função (e quase o mesmo nome) do Megaupload.

O que há de novo?

O tal Mega teria armazenamento em nuvem, maior privacidade a quem baixa ou registra arquivos, acesso ainda mais simplificado e documentos criptografados logo após o upload, fazendo com que o rastreamento de seu conteúdo por órgãos legais e de direitos autorais, por exemplo, seja bem mais trabalhoso.
Desse modo, apenas você teria a “chave” para destravar o arquivo – mas empresas que combatem a pirataria também poderiam acessá-los, se concordarem em não processar o serviço por apenas guardar o conteúdo. A ideia de Dotcom é que qualquer servidor no mundo queira fazer parte da rede de compartilhamentos do Mega.
Por outro lado, há quem acredite que o site é apenas uma tentativa de sobrevida do Megaupload – e que não deve durar muito tempo online. Ainda não há nenhuma previsão de lançamento.

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O que eu acho? acho que A SOPA esfriou (piadinha infame) a PIPA vôou (mais uma piada infame) e o ACTA já era. Estou na internet a mais tempo do que alguns dos nossos leitores estão vivos e digo. A caça as bruxas sempre vem, mas perde a força e morre, é impossivel parar a máquina. A indústria tem que aprender a lidar com ela, conduzi-la em vez de continuar com essas tentativas debeis de se enfiar na frente dela.

A internet e o compartilhamento vieram pra ficar, e é como um jagannatha (juggernaut) (quem é leitor assíduo de X-Men entendeu), não pode ser parada, e quem se enfiar na frente fatalmente será atropelado. Então aqui vai uma dica para a indústria, adapte-se, faça lobby com seus respectivos governos para baixar os impostos, torne seu preços atraentes, coloquem um bônus atraente no seu produto, algo fisico que não possa ser distribuído digitalmente, e principalmente respeitem os seu público. Só depois de aprender isso vocês voltarão a vender.

Até mais e obrigado pelos peixes!!!

domingo, 29 de janeiro de 2012

O escritor mais inteligente do mundo...



O brasileiro Paulo Coelho não tem qualquer problema em ver seus livros serem pirateados e frequentemente disponibiliza links para suas obras em sites de compartilhamento de arquivos. Quando descobriu que o Pirate Bay estava promovendo artistas que gostavam de ter suas obras no maior site de torrents do mundo, ele gostou da ideia. E hoje, em vez do famoso barco pirata, há uma foto de Paulo Coelho, que leva para o seu blog. Lá ele explica:
Assim que descobri o que o Pirate Bay estava promovendo, decidi participar. Vários dos meus livros estão lá, e como disse no meu post anterior, O que penso do SOPA, as vendas físicas dos meus livros estão crescendo desde que meus leitores começaram a postá-los nos sites P2P. Você está convidado a baixá-los de graça e, se gostar deles, compre uma cópia física — esta é a maneira que temos de dizer à indústria que ganância não leva a nada.
Sim, é claro que Paulo Coelho, depois de ter vendido 140 milhões de seus livros em basicamente qualquer língua (provavelmente em élfico também) já não é afetado pela pirataria, e é possível crer que ela serve inclusive como uma forma de divulgação do seu trabalho. Em um post anterior, ele contou uma história bem interessante que ilustra o seu pensamento sobre:
Em 1999, quando eu fui publicado pela primeira vez na Rússia (com uma tiragem de 3.000 cópias), o país estava sofrendo com uma severa falta de papel. Por acaso, eu descobri uma edição “pirata” do Alquimista e postei na minha página. Um ano depois, quando a crise foi resolvida, eu vendi 10 mil cópias da edição impressa. Quando chegamos a 2002, eu tinha vendido 1 milhão de cópias na Rússia, e hoje já vendi mais de 12 milhões. Quando viajei de trem pela Rússia, encontrei várias pessoas que me disseram que primeiro descobriram sobre a minha obra através daquela edição “pirata” que postei no meu site.
Ajuda, é claro, o fato de Paulo Coelho ter uma obra relativamente grande. Se você gostou de um livro, pode comprar outro, e ele é bastante conhecido/distribuído — a lógica pode não funcionar muito bem com autores iniciantes. De todo modo, o escritor superstar tem razão em discutir a criminalização do download — é impossível saber qual a intenção de alguém que baixa algo protegido por direitos autorais. Há vários estudos mostrando que pessoas que baixam muita música “pirata” são justamente os maiores compradores, e temos mil exemplos de gente que compra boxes de séries depois de começar a assistí-las com a ajuda de Legendas.TV e Pirate Bay. Em resumo: o “prejuízo” da indústria e dos autores com todos os downloads é muitas vezes vastamente inflado.
Mas isso não significa que devemos achar que tudo gratuito online é um direito das pessoas, ou que a arte não será mais remunerada como era antes, que músicos só tem que ganhar dinheiro com shows e etc. A pirataria nunca vai acabar, mas ela certamente está de várias formas sendo enfraquecida, não apenas por leis mais rígidas, mas pela entrada de maneiras legítimas, mais baratas e práticas de consumir esse tipo de conteúdo. Nós voltaremos a esse assunto mais pra frente, mas enquanto aplaudimos a bravura do autor de O Aleph, queremos saber da opinião de vocês. Se você tivesse escrito um livro, gostaria de tê-lo no Pirate Bay?

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Será que o Sr. Paulo Coelho, o imortal da academia brasileira de letras consegue servir de exemplo? Será que a indústria vai reparar no exemplo de um dos escritores que mais vende no mundo? Esperamos que sim.

Em quanto isso na salinha dos fundos do Almoxarifado: Tiu Lobo, Tati e Trix preparam algo pra defender a internet (a idéia partiu da pergunta do leitor R.S.M.no post anterior) aguardem.

Até mais e obrigado pelos peixes...